Há maior patetice que a ilusão?

Ora muito bem... hoje dediquei-me a pensar sobre este assunto (que excitante...)
Na verdade confesso que nunca fui grande fã de magia, pelo facto de saber de que se tratava de pura ilusão... sim truques bem feitos, alguns para uma gaja ficar mesmo de boca aberta, mas a magia que era suposto eu ver na coisa nunca vi. E isso nunca foi possível para mim, já que encaro as coisas sempre com olhos bem abertos... costumo dizer que há uma grande diferença entre olhar e ver.. Olhar é simplesmente isso mesmo, olhar para uma montra, olhar para o sol, olhar para um desconhecido. Simplesmente olhar... ver para mim, vai para além disso, é conseguir ver para além do que está à nossa frente.. não sei se me entendem mas para mim existe de longe uma grande diferença.
No entanto, e voltando ao ponto inicial, há pessoas que gostam de ilusão... gostam de viver com ela, de acreditar nela, e existe novamente uma grande diferença entre iludir-se e sonhar... sonhar faz bem, comedidamente claro, aumenta o ego, faz-nos voar, ilusão não... porque não acreditamos nas coisas intrinsecamente, simplesmente queremos pensar assim naquele momento, porque dá mais jeito, ou porque não nos queremos chatear, ou ainda porque já estamos tão habituados a fazê-lo que mais uma menos uma não tem mal... errado.. funciona mais ou menos como uma bola de neve, que cada vez mais vai crescendo, e quando damos por ela já não sabemos distinguir realidade de ficção, já não sabemos separar a verdade da mentira... mas continuamos, sempre, porque achamos que será bem mais difícil deixar de o fazer... vicio, simplesmente um vicio, que como o próprio nome indica, é prejudicial à saúde mental..
Ilusão é olharmos ao espelho e não querermos aceitar quem está do outro lado, é querermos imaginar uma coisa diferente, e muitas vezes fica uma linha muito ténue entre ser sonhador ou ridículo.. pelo menos é o que eu acho...
E que tal aceitar as coisas como elas são? sem fazer grandes filmes, ou dramatismos, porque a sério, não vale a pena e isso pode não matar, mas mói... às vezes nem imaginamos o quanto...