sábado, 24 de outubro de 2009


Ainda me irritas… não sei porquê, não alimento este sentimento, mas a verdade é que isso ainda acontece.
Continuas a comunicar em meio-tom, meia palavra, e acho que é isso que ainda me deixa mais possessa, é saber que nunca aprenderás a falar de forma aberta, sem que fique a pairar conclusões subjectivas, extremamente filosóficas e reais ao mesmo tempo. Será que foi apenas um sonho? Talvez… gosto de acreditar que sim, e que por isso não poderei dar grande importância a todas as palavras que trocamos. Mas também sei que se fosse de facto um sonho, estaria eu a sentir-me assim tão irritada, pelo regresso da tua “presença- não presença”, fantasmagórica?
E depois depreendo, que afinal isto tudo é fruto da minha imaginação, porque tu não existes, a não ser em mim, no meu pensamento, na minha recordação. E apenas isso te prende a mim, porque permito que te escondas aqui nos meus pensamentos, nos meus devaneios… de outra forma não poderias existir em mim, não de outra forma, porque já irias fazer parte de um cenário, do pensamento de outra qualquer pessoa que te abrigue e que te dê tudo aquilo que eu nunca pude dar, já que preferi respirar, e nunca conceder a minha vida a uma prisão, a um prender sufocante de mãos, porque gosto de me sentir solta, e de outra forma, deixaria apenas de ser eu.
Não me sufoques… não o vou permitir… e caso tentes, não terei outro remédio que te abrir a porta da minha mente e do meu coração, e arrancar-te de lá ( mesmo que vá junto uma parte de mim) , nem que seja a pontapé, porque a lição mais importante para mim, é que a minha vida, o meu bem-estar é muito, muito mais importante que qualquer sonho que possa ter.

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